CRESCIMENTO DO PIB DO PRIMEIRO TRIMESTRE FOI LIDERADO POR SERVIÇOS

Os dados da expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no 1º trimestre de 2012 não foram bons – mas o setor de serviços, especificamente, apresentou um desempenho sensivelmente melhor do que o do conjunto da economia. A Confederação Nacional de Serviços (CNS) divulgou análise destes números em que destaca que os serviços privados não-financeiros foram um dos conjuntos de atividades que melhor se saíram no período, expandindo-se 11,9% em valores correntes.

Trata-se de um grupo de atividades que engloba principalmente transporte, armazenagem e correio (item que experimentou 12,7% de expansão no 1º trimestre, sempre em valores correntes), serviços imobiliários e aluguel (10,2% de crescimento), serviços de informação (2,4%) e outros serviços (14,6% de expansão). A média destes elementos resulta no crescimento de 11,9% para o setor.

O contraste é forte com o desempenho da agropecuária no primeiro trimestre de 2012: a atividade encolheu 3,4% sobre idêntica época do ano passado. A indústria de transformação nacional também não se saiu bem, tendo apresentado um desempenho negativo de 6,3%. O comércio no País teve melhor performance, crescendo 4,6%, e a construção civil – em que pese o relativo desaquecimento que no momento atravessa – foi bem nos três primeiros meses do ano, expandindo-se 11,4%.

Luigi Nese, presidente da CNS, defendeu recentemente a inclusão do setor de serviços no SuperSimples. “Estamos onerando salário, e isso diminui a competividade, a empregabilidade e a formalização”, disse ele. Nos dias de hoje, segundo o dirigente, 39 milhões de brasileiros trabalham no setor de serviços nacional, em 1,1 milhão de empresas. O setor responde por 67% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, o qual ficou em R$ 2,3 tri em 2011.

Outro ponto destacado pelo relatório da entidade foi o crescimento expressivo do crédito para pessoas físicas nos últimos anos. De 2010 para cá, no entanto, o ritmo de expansão do mesmo tem ficado abaixo do aumento da renda nacional. A incidência cada vez maior da inadimplência pode ter contribuído para isto. Do total de créditos ao setor público e privado nacionais, inclusive títulos da dívida, 3,8% estavam em situação de inadimplência até maio deste ano. Um dos segmentos que teve maior aumento da inadimplência foi o do crédito para aquisição de veículos.

Fonte: DCI

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